domingo, janeiro 23, 2005

O Amor, A Morte, As Paixões
Reencarnação


Assisti com Maria Clara o filme Reencarnação (Birth, 2004). Ela conversa o tempo todo, faz perguntas, e ainda me ridiculariza quando eu a mando calar-se. Shhhhhhh.....ela me devolve o pedido de silêncio quando, momentos depois, ofereço-lhe um Trident. Não parece corar nas cenas de sexo que Nicole Kidman protagoniza com o noivo no filme, nem mesmo diante da tão polêmica cena em que o menino de dez anos compartilha a banheira com a atriz. Fica indignada com o microfone aparecendo no topo da tela. “Erro tosco”, conclui. Comenta com a amiga ao lado que a musiquinha do suspense é irritante e que o ator criança (o mesmo dos filmes O Enviado e Efeito Borboleta) é ótimo. Ao final do filme, vira-se para mim e diz: é claro, a Anna (Nicole Kidman) pediu aos amigos para afastar o menino, pois não conseguiria fazer isso. Portanto, a amiga estava mentindo quando convenceu o garoto que ele não era a reencarnação do marido de Anna. Foi isso. Fico surpresa com a conclusão (perfeitamente possível) que mantém a ambigüidade do filme (como ela consegue pensar, mantendo-se inquieta o tempo todo?). Já na praça de alimentação, contando os sushis que posso comer (pois havíamos dividido a porção) ela explica à amiga sua teoria sobre a reencarnação: bem, acho que seria injusto ter uma só vida, mas isso, Marcela, não é uma coisa para se pensar, não. Falar nisso é perder tempo...e Mãe, não pense que eu estou distraída, não, você comeu um sushi a mais....
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Ir ao cinema com Maria Clara é, no mínimo, interessante.

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