Flutuava no vácuo. Sem passado, sem futuro. Nem guardados, nem sonhos. Nada que fosse uma bússola ou âncora. Na verdade, nunca foi muito bom em horizontes. Agarrou-se ao velho chão e ele se mostrou flutuante, quase hostil, no mínimo, estranho. Olhou as estrelas e recolocou sua (auto) importância. Mas, havia a espera. Nela, a perspectiva. Procurou a palavra no alfarrábio do capitão e encontrou a idéia da pintura na alameda de jardim para iludir a vista. Agora estava certo: tornaria-se um marinheiro pintor, mágico ou ficcionista.