segunda-feira, janeiro 16, 2006

Roberto Crema

Pouca coisa me interessa na TV. Além do Raul Gil (não riam, é sério), um jornal, de vez em quando, um filme. Outro dia assisti a um filme da Barbie. MC passou pela sala e me lançou um olhar compassivo, enquanto balançava a cabeça num tsc tsc. Há um canal, entretanto, que sempre me detém: o canal comunitário. Ali, há muitas palestras, com assuntos variados que tratam de saúde, de educação, de psicologia, de questões ambientais e outros. Sexta estava lá o Roberto Crema. Da Unipaz. Uma graça. O entrevistador era um autômato, limitou-se a ler suas perguntas, não interagiu com o entrevistado. Pior pra todo mundo. Mas, ainda assim, foi bom ouví-lo falar sobre a necessidade que todos têm de cuidar e de serem cuidados. Cuidar significa escutar o outro, estimulá-lo a curar-se por si mesmo. Cuidar significa assumir uma atitude terapêutica, em relação a si mesmo e ao outro. Grandes dores transformam-se em grandes talentos, quem nunca ouviu a fórmula? Pois, é. De forma suave e poética, Crema falou sobre a crise mundial, sobre as guerras e sobre o trabalho silencioso da Unipaz para estimular a tolerância, a atitude inter-religiosa sem sincretismos superficiais e forçados. É. A gente só escuta as más notícias, e não percebe que uma floresta cresce silenciosamente nos diversos trabalhos para a paz que se espalham pelo mundo. Ele estará em Goiânia no início de março. Assistam.

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