Templo de Atena
quarta-feira, novembro 30, 2005
Espelho
Olhos.
Só eles existem
no cristal especular.
Uma rosa no peito.
A dor incessante que
jorra da fonte rubra.
Um vazio incômodo.
O que preenche espaços
entre o estômago
e o coração.
Uma alma nova.
É a que sai pela boca
numa golfada
de vômito.
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