terça-feira, novembro 23, 2004

Bom Humor

Vivo numa conjuntura diária difícil e complicada (tenho preguiça de explicar), mas tenho sobrevivido (não sem muitos arranhões, é certo). Nela, aprendi a valorizar a atitude de algumas pessoas muito próximas. Quando a coisa tá feia mesmo e tudo parece triste e sem saída. Há os que fazem de um simples ato, uma façanha hercúlea e desgastante. De uma pequena dificuldade, uma montanha de reclamações e obstáculos. Há outros, entretanto, que não estão focados nos medos (reais e imaginários), nas portas temporariamente fechadas, nas pressões advindas de todos os lados. Andam assim, distraídos, sem levar tudo muito a sério, bolando alternativas pouco ortodoxas, rindo até do que é pra chorar e caminhando, sempre. Esses são os melhores companheiros de jornada. A você Vinícius, que nunca lerá este post e que me faz acreditar no poder do bom humor, minha gratidão por mais este dia de resistência.
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Da Lygia:
Em seu estado puro, o senso de humor não é negro nem vermelho nem azul, mas tem as sete cores do arco-íris...não tem implicações de ordem ética, mas estética, o bem humorado é um esteta. Uma filosofia de vida?
Digamos, uma doce filosofia que nos permite vislumbrar uma certa graça nas coisas desengraçadas. Sem sarcasmo, que o sarcasmo é cruel...
A casa pegou fogo? O louco bem humorado dá uma volta em torno, tira o cigarro do bolso que não existe e acende o cachimbo numa brasa do fogão.
(In. A Disciplina do Amor)

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