quinta-feira, julho 14, 2005

ainda quando

esquece aquela espera
amar é infindo
e além do tempo
ancora o seu destino:
amar é isto.
esquece aquela dor, esquece
aquela sina de ser e ser ainda
entre o verde , amiga, a vida e o vinho.
durar o quê e quando? e quanto?
além da chama clara de uma vela?
agora é sempre, vê. e nada escolhe
ser eterno, essa miragem.
nem dura a palavra mais
do que o desejo de dizê-la
e nem morte menos
do que o medo de esquecê-la.

(Carlos Rodrigues Brandão)

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