sexta-feira, novembro 26, 2010

Poema Sem Drama


Entre Lírios e Ausências



Na mesa da sala vejo lírios sem perfume.
Um encontro roubado, o cartão, genuíno?
A letra, um nome em desalinho.
Bulbos cerrados que nunca se abrirão.
Pólen que mancha toalhas, a roupa, o chão.
Estética estéril do amor carcomido.
Na pureza perdida, é de sangue o que enche a jarra de vidro.

7 comentários:

Anna disse...

Lindo.

Anna

Atena disse...

:***

Luis Nunes Alberto disse...

O poema é lindo, é teu?

Atena disse...

Sim, sim, Luis, obrigada.

luís ene disse...

Tinha uma visão apurada, via lírios sem perfume e todas as ausências. Só quando começou a perder a visão é que começou a ser feliz.

Atena disse...

Luís, interessante...obrigada por ressoar. :)) Beijo!

joci Sampaio disse...

Lindo.