
Sou o único homem a bordo do meu barco.
Os outros são monstros que não falam,
Tigres e ursos que amarrei aos remos,
E o meu desprezo reina sobre o mar.
Gosto de uivar no vento com os mastros
E de me abrir na brisa com as velas,
E há momentos que são quase esquecimento
Numa doçura imensa de regresso.
A minha pátria é onde o vento passa,
A minha amada é onde os roseirais dão flor,
O meu desejo é o rastro que ficou das aves,
E nunca acordo deste sonho e nunca durmo.
(Pirata, Sophia de Mello Breyner Andresen)
9 comentários:
Fui arrumar o template e apaguei todos os comentários e links. Ahneim.
De vez em quando é bom limpar a casa.
Que isso não a impeça de continuar a escrever. Ia tão bem.
Luís
Era tão mais fácil quando se escrevia numa folha de papel e depois a embolava e atirava no lixo... essas tecnologias...
ahnão, gosto de escrever no micro. É muito mais fácil e rápido. é que apago muito...
MAR
De todos os cantos do mundo
Amo com um amor mais forte e mais profundo
Aquela praia extasiada e nua,
Onde me uni ao mar, ao vento e à lua.
ainda!?
:)
Luís
Nossa, que poema lindo. É da Sophia, também? Ah, preciso de tempo para arrumar os links (tenho que procurar os endereços) e...
Beijos mil.
sim, é sophia, ainda... :)*
Luís
Belíssimas palavras!
Como vc está querida?
Beijos.
Olá, Tonara! Ando trabalhando muito, sem tempo para estar aqui. Um beijo enorme pra você.
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