sábado, março 10, 2007

Sophia, ainda.












Sou o único homem a bordo do meu barco.
Os outros são monstros que não falam,
Tigres e ursos que amarrei aos remos,
E o meu desprezo reina sobre o mar.

Gosto de uivar no vento com os mastros
E de me abrir na brisa com as velas,
E há momentos que são quase esquecimento
Numa doçura imensa de regresso.

A minha pátria é onde o vento passa,
A minha amada é onde os roseirais dão flor,
O meu desejo é o rastro que ficou das aves,
E nunca acordo deste sonho e nunca durmo.

(Pirata, Sophia de Mello Breyner Andresen)

9 comentários:

Atena disse...

Fui arrumar o template e apaguei todos os comentários e links. Ahneim.

Anônimo disse...

De vez em quando é bom limpar a casa.
Que isso não a impeça de continuar a escrever. Ia tão bem.

Luís

Anônimo disse...

Era tão mais fácil quando se escrevia numa folha de papel e depois a embolava e atirava no lixo... essas tecnologias...

Atena disse...

ahnão, gosto de escrever no micro. É muito mais fácil e rápido. é que apago muito...

Anônimo disse...

MAR

De todos os cantos do mundo
Amo com um amor mais forte e mais profundo
Aquela praia extasiada e nua,
Onde me uni ao mar, ao vento e à lua.

ainda!?

:)

Luís

Atena disse...

Nossa, que poema lindo. É da Sophia, também? Ah, preciso de tempo para arrumar os links (tenho que procurar os endereços) e...

Beijos mil.

Anônimo disse...

sim, é sophia, ainda... :)*

Luís

Anônimo disse...

Belíssimas palavras!
Como vc está querida?
Beijos.

Atena disse...

Olá, Tonara! Ando trabalhando muito, sem tempo para estar aqui. Um beijo enorme pra você.