segunda-feira, março 06, 2006

Celibatária, graças a Deus.

Assisti ao Programa Saia Justa no Gnt, no sábado. Assunto: sexo. E complementos: masturbação feminina (com indicação de manuais na net), preguiça sexual, histeria masculina (pensavam que era doença de mulher, é?), além de outros assuntos como a dificuldade de atualização do mito de Dom Juan (o mascarado prometia casamentos às vítimas, o que, convenhamos, no século XXI não pode ser mais usado como estratégia de sedução). De tudo, destaco uma posição que ouvi das mulheres: celibato não é patologia psicológica, é opção. Sim, sexo dá trabalho. Manter uma libido em altos níveis é um esforço. Pense em sexo, pense em sexo, imagino isso, enquanto escrevo estas poucas linhas e passo os olhos na mesa cheia de projetos, provas, livros e o relógio que marca o início das aulas que vou ministrar ainda hoje. E sexo significa comprometimento, relacionamento, planejamento, prevenção. Para quem tem parceiro fixo, é preciso inovar, seduzir cotidianamente. Tudo muito estudado e pouco espontâneo. Para quem não tem, é preciso escolher e assumir o risco do investimento. Na análise do custo - benefício, as mulheres acham que, muitas vezes, é mais vantajoso apelar para a tecnologia. A que não exige nada mais do que um pouco de técnica e ritmo. Sexo por sexo. Isso é cada vez menos satisfatório. E, admitamos, não anda nada fácil encontrar alguém com boa sinastria astrológica, para a devida ocupação na agenda diária.

Um comentário:

Marisa Sousa disse...

Amei o texto, reflete bem meu atual estado de espirito!!!